POLEPOSITION

A nova cara da Fórmula 1

Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 17-02-2019 09:20 | 4006
O belo W10 da Mercedes será o carro a ser batido nesta temporada da F1
O belo W10 da Mercedes será o carro a ser batido nesta temporada da F1 Foto: Divulgação

A semana foi intensa na Fórmula 1 com a apresentação dos novos carros para a temporada que começa dia 17 de março, na Austrália. Das dez equipes, apenas a Alfa Romeo (ex-Sauber) deixou para a próxima segunda-feira o lançamento de seu novo modelo no mesmo dia em que começam os testes de pré-temporada, na Espanha.

Será uma Fórmula 1 diferente a deste ano. A começar pela maior troca de pilotos jamais vista. Apenas Mercedes com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, e a Haas com Kevin Magnussen e Romain Grosjean, mantiveram a mesma dupla do ano passado. Quatro delas trocaram os dois pilotos: a Williams que terá o retorno de Robert Kubica desde o acidente que sofreu numa prova de rali em 2011, e o estreante George Russell, campeão da F2 no ano passado; a McLaren que terá Carlos Sainz Jr. e outro estreante, Lando Norris; a Toro Rosso que trouxe de volta o mesmo Daniil Kvyat que ela havia chutado em 2017, e o tailandês Alexander Albon, outra cara nova a debutar na categoria, e a Sauber que agora não é mais Sauber, e sim Alfa Romeo, que trouxe da Ferrari Kimi Raikkonen e o (quase) estreante Antonio Giovinazzi que já tem dois GPs no currículo quando substituiu Pascal Wherlein, na Sauber, no começo de 2017.

A Ferrari manteve Sebastian Vettel e trouxe da Sauber o promissor Charles Leclerc; a Racing Point (ex-Force India) trouxe um novo companheiro para Sergio Pérez, o canadense Lance Stroll, filho do bilionário Lawrence Stroll que comprou a equipe para dar ao filho um cockpit mais competitivo que o da Williams; a Red Bull que manteve Max Verstappen e promoveu da co-irmã Toro Rosso o francês Pierre Gasly, e a Renault que continua com Nico Hulkenberg e terá a estrela Daniel Ricciardo, ex-Red Bull.

Portanto, são quatro estreantes e duas equipes sob nova administração: Sauber que dá origem à Alfa Romeo, e Force India que originou a Racing Point, está última em função de uma grave crise financeira que colocou em risco sua continuidade não fosse a intervenção de um consórcio liderado por Lawrence Stroll que comprou a equipe em meados do ano passado. Os fãs vão notar também a ausência de Fernando Alonso que se despediu da Fórmula 1 no final do ano passado, e a troca de comando na Ferrari com Mattia Binotto assumindo o cargo que era de Maurizio Arrivabene.

Mas o foco principal da temporada está no novo regulamento que tem como objetivo diminuir o grau de dificuldade de ultrapassar na Fórmula 1. Para isso houve significativa mudança nas asas dianteira e traseira a fim de criar menos turbulência para o carro que vem atrás. Essa turbulência que é uma espécie de ‘ar sujo’ gerado pelo carro que vai à frente é que torna complicada - por vezes impossível -, para quem vem atrás pegar o vácuo para ultrapassar.

Muitos daqueles elementos aerodinâmicos que compunham a asa dianteira, foram proibidos. Elas agora estão mais simples e com o objetivo de direcionar com uniformidade o ar para a asa traseira, e esta o dissipa sem causar a indesejável turbulência no carro de trás.       

Faz parte ainda do pacote de mudanças o aumento do peso dos carros para 740 quilos incluído o peso dos pilotos, e agora é regra que os pilotos passam a ter o peso mínimo de 80 quilos. Como a maioria não chaga a isso, os engenheiros podem compensar a diferença com a implantação de lastros em pontos estratégicos que melhoram o equilíbrio do carro. Tem ainda o aumento do tanque de combustível passando de 105 para 110 quilos (os engenheiros trabalham com quilos de combustível, e não litros). E a Pirelli que vai simplificar (no visual) os tipos de pneus: branco (duro), amarelo (médio) vermelho (macio).

 

Mais um brasileiro

A 4ª etapa da Fórmula E, no México, e tem mais um brasileiros, Felipe Nasr, que se junta a Lucas di Grassi, Nelsinho Piquet e Felipe Massa. A largada é hoje, às 19h, ao vivo no Fox Sport.